Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto  :  wikipedia.org/wiki/Nathan_Alterman

 

NATHAN ALTERMAN
( POLÔNIA )

 

Nathan Alterman (Varsóvia, 1910 — Tel Aviv, 1970) era um jornalista, poeta e tradutor israelense na língua hebraica.

Alterman nasceu em Varsóvia, Polônia e imigrou para Tel Aviv em 1925, então no Mandato Britânico da Palestina. Em Israel, tornou-se um dos mais importantes poetas da sua época, e, em 1968, ganhou o Prêmio de Israel. Ele traduziu Shakespeare, Molière e outros autores russos e iídiche.

 

POESIA SEMPRE. Ano 5  Número 8.  Editor Geral: Antonio Carlos Secchin.  Rio de Janeiro: MINISTÉRIO DA CULTURA / Fundação BIBLIOTECA NACIONAL, 1997.
452 p.   ISSN  0104-0626   No. 10 927   
Exemplar da Biblioteca de Antonio Miranda                
 

 

Noite de verão

O silêncio assobia nos espaços.
O brilho da lâmina no olho dos gatos.
Noite. Quanta noite! No céu a quietude.
Estrelas em fraldas.

Vasto, vasto tempo. O coração bate a dois mil.
Orvalho, como num encontro, encobre os cílios.
Um lampião atira com seus lampejos dourados
escravos negros ao longo da calçada.


Uma brisa de verão vagueia. Opaca. Agitada.
Sobre os ombros dos jardins são derramadas suas bordas.
Maldade esverdeada. Fermentação de suspeita e luzes.
Efervescência de um tesouro na espuma negra.

E distante no alto, com um faminto rugido,
uma cidade com seus olhos dourados,
evapora-se com fúria nas colunas de pedra
das cúpulas e das torres.

Tradução de Rifka Berezin

De todos os povos

No choro de nossos filhos à sombra dos patíbulos
não ouvimos a indignação do mundo.
Pois Tu nos escolheste dentre todos os povos,
nos amaste e nos quiseste.

Pois Tu nos escolheste dentre todos os povos,
os noruegueses, os tchecos,  os britânicos.
E na marcha de nossos filhos para os patíbulos,
crianças judias, crianças espertas,
elas sabem que seu sangue não é considerado.
Somente gritam para a mãe: não olhe!

O machado devora dia e noite
e o santo pai cristão na cidade de Roma
não saiu do palácio com as imagens do redentor
para ficar um dia no pogrom.

Ficar um dia, um único dia
no lugar em que permanece anos, como um cabrito
um menininho,
anônimo,
judeu.

E é grande a preocupação com quadros e estátuas
e tesouros da arte para que não os bombardeiem
mas os tesouros da arte das cabeças dos bebês
nas paredes serão despedaçados.

Seus olhos dizem: não olhe, mãe,
como fomos dispostos em longas filas.
Somos soldados veteranos e conhecidos,
apenas somos baixinhos.

Seus olhos dizem ainda outras coisas:
Deus dos patriarcas, sabíamos
que nos escolheste dentre todas as crianças.
Amaste-nos e nos quiseste.

Que nos escolheste dentre todas as crianças
para a morte diante do trono da Tua majestade.
E o nosso sangue recolhes em jarros
pois não há quem o recolha exceto Tu.

E o sentes como o cheiro das flores
e o colhes num lenço
e o exiges dos assassinos
e igualmente dos que se calam.

Tradução de Nancy Rozenchan

*
VEJA e LEIA outros poetas da POLÔNIA em nosso PORTAL:
https://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html
Página publicada em setembro de 2025.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar